sexta-feira, 9 de maio de 2008

O brilho de uma pérola...


“Não habitei teu ventre, mas mergulhei nas entranhas da tua alma. Não fui plasmada do teu sangue, mas alimentei-me do néctar dos teus sonhos...”

"Amar um filho de sangue é fácil, já que a própria natureza se encarrega de colocá-lo em seu caminho. Agora, ser mãe genuína de um desconhecido é sublime... É algo que vai muito além do biológico, nasce da alma. Por isso, neste dia tão especial, eu gostaria de homenagear todas as mulheres que não deram à luz, mas, deram ‘VIDA’ a tantos filhos de coração. Filhos dados por DEUS, pois é Ele que, antes de conceber uma criança no ventre de qualquer mulher, já tem na terra o ‘anjo’ que irá recebê-la.

Noves meses se passaram. Foram meses de muita luta! Luta para nascer, luta para viver, luta para sobreviver, enfim, luta pelo direito de ter uma família e de ser muito amada. Este direito não me foi negado. Eu consegui. Nasci! E pelas mãos de DEUS fui levada para uma família maravilhosa onde dois ‘anjos’, ansiosamente, aguardavam por mim. A felicidade deles, naquele momento, foi algo incomparável, pois a espera não foi como numa gestação normal de nove meses, ao contrário, ela durou anos. E naquele dia eu nasci, ou melhor ‘renasci’, da união de duas almas, de dois corações abarrotados de amor. E esses ‘anjos’ decidiram doar tudo de melhor para aquela “pequerrucha” que acabava de chegar, dentro de uma cestinha, como um lindo presente. O tempo foi passando e, com seu jeitinho doce, minha MÃE sempre repetia que eu era a filhinha nascida do coração. Sem muito compreender, eu achava lindo, mas não tinha noção do quão sublime e especial era esse amor, nem da tamanha importância que eu tinha na vida dela. Quando se vive um processo de adoção, aguardando o filho ou a filha do coração chegar, não é a barriga da mulher que cresce como na gravidez. É o coração que aumenta. Ele fica enorme, cheio de amor, só esperando a criança chegar. Minha mãe sempre procurou me falar que, independente da forma como eu tinha vindo ao mundo, DEUS já tinha me escolhido para ela. Lembro-me de algumas vezes, na escola, ouvir comentários de que eu não parecia nem com meu PAI, nem com minha MÃE e aquilo me deixava triste porque, até por ser uma criança, eu não conseguia enxergar além da aparência física. Mas hoje tenho certeza que pareço SIM. E muito!! Minha mãe pode não ter me gerado, mas foi ela quem me deu a vida. Posso não ser fruto da sua hereditariedade, mas fui moldada no valor do seu caráter. Ela que fez de mim uma pessoa íntegra, um ser humano no sentido pleno da palavra. Ela que me ensinou a ter fé em DEUS. Com ela aprendi tudo que sei. Aprendi não só a ter amor, mas aprendi a amar. E aos que me perguntarem agora: Como é saber que você não é filha natural de seus pais? Eu lhes responderei: sou a filha natural do coração e, por isso, inigualável.

MÃEZINHA, a minha homenagem a ti é eterna e independe de data ou qualquer outra ocasião especial... Sempre ouvi tu te referires a mim como uma pérola preciosa. E sempre pedias aos que estavam próximos de mim: ‘cuide da minha pérola’. Mas nunca havia me dado conta da grandeza do significado de tal palavrinha. Agora entendo que não fui uma semente fecundada no teu ventre, mas, sim, uma PÉROLA gerada pelo teu amor para brilhar na tua vida. E se eu não nasci DE ti, certamente nasci PARA ti..."

Flávia de Carvalho Ferreira

blog: www.casadaflavia.blogspot.com

2 comentários:

Crista disse...

Adorei as homenagens.
feliz dia para todas.
Beijocas e um óptimo fim de semana.

Anônimo disse...

Lindo mesmo Vava, só quem vive um amor assim sabe qual a importancia e o bem que isso faz. FAÇO DELAS AS MINHAS PALAVRAS- É PRA VC DONA ZORAIDE - MINHA MÃE DO CORAÇÃO ETERNAMENTE............BJS